sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NÃO SEI O QUE EM MIM..



Não sei o que em mim implode
Ou me escapa..
Não sei o que em mim repele
E me draga;

Não sei o que em mim preenche
Ou esvazia..
Não sei o que em mim respira
E asfixia;

Não sei o que em mim gela
Ou aquece..
Não sei o que em mim lembra
E padece;

Não sei o que em mim finda
Ou perdura..
Não sei o que em mim alivia
E tortura;

Não sei o que eu mim cala
Ou grita!
Não sei o que eu mim falece
E ressuscita;

Não sei o que em mim seca
Ou escorre..
Não sei o que em mim vive
E morre.

15 de julho de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Ufanou-se logo em primeira instância

Como arrostar-me diante de tua jactância?

Forjei a tua imagem pra diminuir a distância

Sorvi a tua carne, e depois a cuspi em ânsia.

24 de janeiro de 2010.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ausência



Desde quando você foi embora

A maior presença na minha
Vida é a tua ausência...
E todos os dias em que
A dor me pega pela mão
Eu as uno em clemência

Rogo para que toda a dor
Que causa a tua partida,
Se cure, se feche e com amor
Não derrame mais sangue em minha ferida.

Vivo contigo uma vida imaginária
Onde crio diálogos e cenas de amantes.
Vivo contigo uma vida ordinária
Onde revivo as cenas e os diálogos de antes.

Foge do meu controle os pensamentos saudosos,
Que quando dou por mim estão sendo ardilosos.
Morro de vergonha e quero me matar,
Quero destruir a face rubra por ainda te lembrar.

21 de março de 2009.

(Poema publicado no site
http://www.portaltx.com.br/?modulo=Noticia&id=823)

terça-feira, 30 de março de 2010

Tortas Palavras


Tela: Francis Bacon

Enquanto eu escrevia
Aquelas tortas palavras
Que eu sentia com exatidão

Eu olhava a tua fotografia
Onde teus traços desmoronavam
E teu semblante era todo escuridão

E só olhar a tua imagem
Que meu estômago me trai
Vem de dentro a dor que corrói
Do ventre ao pescoço e a cabeça cai.

Arrepio-me com tua ausência
Arranco as flores do vaso
Busco a Deus e peço clemência
Depois cuspo em teu retrato.

25 de julho de 2009

Tortura

A inquietude com que teus olhos calmos fitam-me
Aquecem as paredes das mucosas dos meus tecidos
E todo o sangue corrente nas veias
Desliza fazendo cócegas em minh’alma

Chega dessa tortura!
Que se extende e perdura
Que você explode e depois...
Estranhamente sutura.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Verdes Braços


Fotografia: Fabrício Pimentel
.
Envolva-me em teus vivos braços
Eu suplico que me devolva à vida
Abraça-me, cubra-me,
E devora-me com lascívia;

Toque com teus verdes braços a minha pele morta,
Abrace o perfume da morte que rodeia a minha alma seca,
E sinta pelas palmas da mão a delicadeza áspera da vida indo embora;

Não, não é chegada a hora!
Não a deixe ir...
Abraça-me sempre assim, como agora,
E teremos como a morte impedir;

Verdeja-me com teu amor para não morrermos
Para não sermos aniquilados na relva,
Banha-me de tua cor viva de esperança
Que vivos e amantes seremos donos desta selva.


26 de janeiro de 2010.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Odes de Outono



O silêncio do quarto e o teu corpo adormecido falavam.
Diziam palavras bucólicas que transpunham para o ambiente aquela reconfortante paz que encontro em teus jardins.
E depois destas horas contempladas ao som das odes de teu sono
Toco os acordes, para que acordes..
e comigo embale, no outono, novas odes sem fim.


27 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009




Já não me era mais concedido o fel.
Nem o amargo sabor da nostalgia de qualquer sutil desprezo.

23 de dezembro de 2007.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Criatura Minha




Ah, criatura minha
Como pode por horas me encher de prazer
E em outras transformar o calor que eu tinha
Em frio cortante que me faz tremer?

De onde antes nasceram as flores da concepção
Agora espetam-me os espinhos
E me furam como punhais de decepção

E para que tantos caminhos
Se a mentira derruba o castelo
E faz desabar toda a construção?

Teu semblante bucólico
Teu olhar apaixonado
Viraram duras palavras
Que me ardem os olhos
E repelem o meu afago.

Conheces-me por dentro
Alimentou-se de minhas células
Espiou minhas entranhas
Arrancou minhas pétalas.

A minha frente sou tua rainha
Você me ama e me admira
Por trás sou uma bruxa
Que você ofende e contraria

E apesar de tantas lágrimas, tanta dor
A alegria de ser criatura e criador
Supera toda a lástima e todo horror
E eternamente terás o meu desatinado
Sublime e fiel amor.

03 de julho de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tuas Horas Noturnas



No leito de tuas horas noturnas entrego-me a estranha inquietude que habitas em teu castelo.

E por de trás de tuas muralhas escorrem pelas pedras o sangue viscoso de minhas unhas nelas cravadas.

Arranque a espada das minhas costas e lamba o sangue nela contido.
Agora cuspa em minha cara e crave-a novamente em mim.

Só que agora pela frente, no peito, do lado esquerdo, para que a dor da covardia não corroa os teus dentes e nem perfure os teus pulmões.
E só assim nos libertará da amarga crueldade em que nos colocamos.

Escuta tua voz que cala na hora exata.

Escuta o gemido que ecoa dentro de tuas vísceras.

A hora perdoa.

11 de janeiro de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Há de Vir


Tento, tento, em vão
Explicar o que sinto ao pensar em nós
Naquela tarde que ardia
Olhava pra você e não me via
Eu não sorria e você..
Você não entendia
“Há de vir. “
E houve...
Houve também quem chorasse
Sem explicação
Sem prévia notificação
E veio
Veio arrebatando tudo
Tirando tudo do lugar
Tirando-me do altar
E fazendo-me mortal
Transformando em luto
Meu grande ser imoral

Oh, que bela luz ilumina o meu caminhar..
Onde ontem era apenas escuro
Hoje juro não mais chorar
Fez-se de repente em mim
Uma estrela nova à brilhar
Minhas falsas esquivanças
Tais subterfúgios
Não habitam mais em meu penar
Nem sequer se fazem presente aqui
Fugiram de mim, rumo a outro lugar.

À aquela pungente dor que me acometera
A aquele terrível sofrimento que encobriu a minha alma
Devo todo o esplendor sentido diante do novo agora
Onde as pétalas de rosas voam encobrindo o meu corpo
Tirando e levando toda mácula embora
Toda? Gostaria mesmo de acreditar
E não mais me perguntar
Sobre o que sinto, sobre o que lembro
Sobre todo o esforço que faço para não pensar

E todo aquele imenso vazio
Em que eu me aprofundava a cada lembrança
A cada pensamento
Me fazia morrer de frio e me tirava a esperança
Esse vazio não me preenche mais
Não se banha mais de mim
Não naufraga mais em minhas doces e correntes águas

Vazio inescrupuloso!
Seu cálice agora transborda de tua própria existência.
Beba, beba todo o seu excreto
Desta tua água, agora, eu que não beberei mais.


Tudo isso que senti
Nada escrevi
Toda a dor, todo o horror
Não foi transcrito
Nada foi registrado
Ficou tudo acumulado
Apenas agora, só agora
Mando toda dor embora
E fico totalmente encoberta
Pelo prazer na nova aurora

E não me venha falar das suas dores
Muito menos dos seus amores
Quero que todos se calem diante de mim
Que não digam sequer uma palavra
Que não se dirijam a mim de forma alguma
Que nem me olhem e que nem me vejam
Quero entrar em mim mesma
E fazer daqui a minha morada
E que onde quer que eu esteja
Aqui estarei sempre acesa e coroada.


13/01/2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Meras Palavras




E essas minhas meras palavras
Que vão de encontro a tudo que falo
Agora saem de mim como lágrimas
E toda essa questão a que me detenho
Exprime hoje meu viver.

As pequenas e brilhantes criaturas
Que apropriam-se de meus esquisitos gens..
Transformam tudo que há em mim.

Não quero comer!
Não quero beber!
Não quero respirar!
Não quero olhar!

Não quero nada de fora pra dentro.

Quero falar!
Quero suar!
Quero cuspir!
Quero vomitar!

Quero tudo de dentro pra fora transformar.

10-2008

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Morta Viva




Existia como naquele velho dia
Uma morta viva em apelos
Existia como naquela noite fria
Uma viva morta pendurada pelos cabelos

Sentada, olhando a face da morte
Tive a certeza de onde ela estava
Estava atrás de mim e de todos
Porém a mim ela não achava

Buscava-me farejando meus excessos
Percorria minhas ruínas e nada encontrava
Foi incrível vê-la perdida
Alí, era a morte quem chorava.

17/07/2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Noite Escura


.
É na noite escura que surge,
todos os pensamentos que não sei explicar
É na noite fria que vem,
todos os sentimentos difíceis de
revelar..

É da noite mórbida que nasce minha a solidão,
sôfrega e amargurada
Me arrastando ao encontro comigo mesma
e mais nada.
25.08.05

terça-feira, 21 de julho de 2009

Clareia


Tela: C. Santiago
.
Clareia claramente a claridade
De meus claros olhos que,
Calaram-se, claro, diante do calor
De tuas poesias claras

Diga dignamente sobre o que dizem
Os ditos dos dignos
Que disseram dignas palavras

E me transforme
Em eterna mutação
Transformando tudo que há
Trazendo tudo à tona
Para eternamente transformar.


15 de junho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Tuas Tardes


Tela: Roberto Baeta.
.
Longínquas eram as tuas tardes
Quando veraneavas dentro mim
Majestosas eram as minhas manhãs
Quando em ti eu acordava enfim

Velejavas por minhas águas
Como quem navega por mares inalcançáveis
Beijavas a minha face com um beijo cúmplice e traidor
Traías a ti mesmo quando me olhavas daquele jeito
Tanto amor que chegávamos a sentir dor.

Sua voz ecoa meu nome dentro da noite úmida
Calor não sinto mais
Ficaram geladas as paredes de meus ouvidos
E agora dentro do cais
O meu silêncio repousa na lembrança
Que hoje encontra-se fria e distante;
Mera coadjuvante..
Que por vezes rouba a minha paz.

Abril de 2009

Alegria Triste





A alegria me arrebata
E me faz chorar
Assim como a tristeza
Em noites de eterna solidão..


A alegria me contagia
E pensar em perdê-la
Faz-me sofrer muito mais
Do que seria nunca tê-la sentido
Com tamanha exatidão.


19 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Cálice



E dentro daquele cálice
Atingi o quase inalcançável ápice da glória
Concedida pelo mérito da dor.

Minhas mãos ficaram geladas
E minha face pálida
Meus olhos encharcaram-se
Dentro daquela majestosa tarde plácida.

E a imaculada plenitude
Que existe perdida dentro dos devaneios de amor
Fora sorvida de si mesmo
Trazendo de volta a velha espada e cravando-a
Solenemente em meu peito
Horas fiel escudeiro; horas vil traidor.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Grande Rainha




Todas as lembranças poderiam ser assim com esta.
Eu..em minha cama apenas esperando teu beijo para dormir
E tu..apenas esperando os meus para se deitar.

Tuas pequenas e brancas mãos
Acariciavam-me e exorcizavam o medo.
De repente todas as noites se tornaram frias,
Mesmo dentro do quente verão de janeiro.

Dormir sem teu beijo é como correr ladeira acima,
Tira-me o ar e me deixa tonta
Uma moribunda a suplicar
Com uma saudade medonha.

Teu trono virou pó
Oh! Grande Rainha
Tuas horas viraram eternidade
E agora, já não és minha.

Hereditou-se a coroa
E com ela todo o teu legado
Fardo sacrifício de ser quem eras
Para não morrer o teu passado.

Tua luz, Mãe minha
Ilumina a minha estrada
Enche de perfume os espaços
Ata os meus laços
E pensando em teus abraços
Surge em mim uma heroína.

Inexpugnável amor esse que nos une
Incondicional? Não acredito
As condições existem para se amar
E dói não tê-lo dito.

Grita, berra e de maluca se faz
Nem todos enxergaram
Do que era capaz.

Ah, arranque do meu peito
Todas as palavras de amor que guardei
Que não lhe dei
Que lhe omiti e
E lhe furtei.

Apague essa saudade cortante e corrosiva
Ainda estou viva
Quero viver sem fugir
Venha e me ponha para dormir.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ao ver-te..


Ao ver-te não coro mais a face.
Nem se dilatam minhas pupilas.
A boca não umidece.
E o coração não mais [diz:pára]!



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Talvez


Eram tardes frias
E nelas eu me escondia
Germinavam em mim o amor e o medo
Navegando na incerteza do enredo

Sem a mínima noção
Do que estava por vir
Abri meu coração
Sem medo dele partir

Palavras na tela e uma voz na madrugada..
Estaria eu completamente louca
Ou perdidamente apaixonada?

Por algum motivo eu não fui
Minha mente não registrou a tua vinda
Se tivesse ido, talvez hoje
Nossa história estivesse finda!
.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Se possível




Se possível, diz-me:

Onde estão as pétalas de rosas que compunham minhas caminhadas
sobre o solo da perfumada manhã?
Onde estão os afinados e reconfortantes cantos das aves que não sei o nome?

Só vejo folhas secas e nuvens de poeira que embaçam os meus olhos e os fazem chorar.

sábado, 9 de maio de 2009

Linha Tênue

Definitivamente!
Talvez incoerentemente..
Admito que a agonia da ansiedade se banha no suor de minha superfície.
AGORA - esticada está a linha tênue de uma década suspensa.
A inquietude dos nervos faz doer a cabeça.
Enquanto dragões e esfinges duelam dentro de mim!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Só a Gente Sabe..


Tela: Lilian Nobre

Só a gente sabe....
Amar intensamente a cada momento
Só a gente sabe...
Que se entregar verdadeiramente não é nenhum tormento
Só a gente sabe...
Se olhar dessa forma tão intensa, tão imensa
Só a gente sabe...
Só a gente sabe o ponto onde o prazer transcende, inevitavelmente
Só a gente sabe...
Só a gente sabe nos sentir de forma plena, serena
Só a gente sabe...
Só a gente sabe beijar daquele jeito
Do jeito que só a gente sabe
Só a gente sabe...
Só a gente...
Só.
Só a gente...
Só a gente sabe...!


27 de abril de 2005









Queria Dizer




Queria dizer-te um poema
Não sei poetizar, que pena!
Queria falar de amor em poesia
Mas, não quero forçá-lo, usar hipocrisia.
A hipocrisia do poeta por vezes se faz necessária
Outra hora, engana, manipula, é ordinária.

Quem me dera ter o dom,
De saber falar naquele tom;
No tom do poeta apaixonado
Que se sente embriagado
Ao recordar daquela imagem
Que em seus desertos olhos virou miragem.

Quero mais poesia em minha vida,
Quero mais prazer na minha lida,
Quero ter o amor pulsando em minha veia,
Quero provar da água e repousar-me na areia.


(Poema publicado no site http://www.portaltx.com.br/?modulo=Noticia&id=457&categoria=21)

domingo, 26 de abril de 2009

Aquele Corpo


.

E aquele corpo estendido no chão não era mais um corpo estendido no chão. Ele tomara forma própria, absoluta de si. E agora, quando percebo esta evidência, invejo-o.
Não! Não quero invejá-lo, não agora! Quero apenas admirá-lo. Estudá-lo. Namorá-lo.
Não tocá-lo não significa deixar de amar.
Escorre da boca o sangue que lava as trevas de minhas semelhantes almas.



13 de dezembro de 2006

Retina Viciada




Enquanto você se esforça para que seu lânguido sorriso não saia do domínio de minha retina viciada, essa mesma retina, outrora encantada, não se corrompe mais as nocivas rajadas de piedade lançadas por seus alvos dentes e tua rubra boca.

Agora, o que era apenas medo, torna-se dúbio.

Não tenho a avidez necessária para lidar com essas tais ambigüidades que apenas destroem a fidedigna compreensão das coisas simples. Simples como a languidez de um sorriso desnudo. Um sorriso capaz de dilatar até a mais insensível pupila e encharcar de lágrimas delineadas pálpebras.

22 de junho de 2006

Infiel



A incredulidade fez de mim uma infiel.
No berço destas tardes lúgubres em que sua música invade meus ouvidos, fazendo-me escrava; a mercê de suas melodias.
É quando encontro minha outra face coberta de lama. E num momento lírico a lavo nas correntes águas derramadas por meus piedosos olhos.


05 de abril de 2006

Vozes do Passado


Tela: Maria da Glória


O passado está cheio de vozes que não se calam e ao lado da minha sombra há uma multidão infinita de quantos a justificam. Não há sequer uma palavra que traduza o que sinto agora: uma dor cruel, pungente e intransferível. E as vozes que falam aos meus ouvidos me atordoam mais do que deveriam.

Estou doente. Doente de uma doença comum. Só que a sua popularidade não a faz tão curável assim. Doença que me perturba a cabeça, endurece as pernas, enrijece os braços e faz sangrar o coração.

As lágrimas que benzem o corpo e o espírito enfermos secam antes de desaguar no vermelho corrente das veias.
Penetrem lágrimas! Penentrem! Que ao se fundirem com toda a linfa limpará todo o Ser dessa maléfica constância de comportamento destrutivo.

Não sei mais para onde irão.
Em vão.
Nada nunca é sabido.
Nem estático.
Circunstancial!

13 de novembro de 2007

Penso!




Eu penso, eu penso..
Cadê o teu bom senso?
São crianças, pequenas crianças..
Que sentem e não mentem!

Corrói a minha retina este olhar para dentro de ti.
Perfura o meu pulmão não mais respirar o teu ar.
Seca a minha boca não mais beber tuas lágrimas e teu suor.

Esse mero descaso
Não se justifica pelo fim do caso!

E era em tua superfície pálida
Que meus olhos descansavam.

E toda angústia sentida..
Toda a permanência na prisão..
Horas sinto finda
Em outras..não!

09 de dezembro de 2008