Tento, tento, em vão
Explicar o que sinto ao pensar em nós
Naquela tarde que ardia
Olhava pra você e não me via
Eu não sorria e você..
Você não entendia
“Há de vir. “
E houve...
Houve também quem chorasse
Sem explicação
Sem prévia notificação
E veio
Veio arrebatando tudo
Tirando tudo do lugar
Tirando-me do altar
E fazendo-me mortal
Transformando em luto
Meu grande ser imoral
Oh, que bela luz ilumina o meu caminhar..
Onde ontem era apenas escuro
Hoje juro não mais chorar
Fez-se de repente em mim
Uma estrela nova à brilhar
Minhas falsas esquivanças
Tais subterfúgios
Não habitam mais em meu penar
Nem sequer se fazem presente aqui
Fugiram de mim, rumo a outro lugar.
À aquela pungente dor que me acometera
A aquele terrível sofrimento que encobriu a minha alma
Devo todo o esplendor sentido diante do novo agora
Onde as pétalas de rosas voam encobrindo o meu corpo
Tirando e levando toda mácula embora
Toda? Gostaria mesmo de acreditar
E não mais me perguntar
Sobre o que sinto, sobre o que lembro
Sobre todo o esforço que faço para não pensar
E todo aquele imenso vazio
Em que eu me aprofundava a cada lembrança
A cada pensamento
Me fazia morrer de frio e me tirava a esperança
Esse vazio não me preenche mais
Não se banha mais de mim
Não naufraga mais em minhas doces e correntes águas
Vazio inescrupuloso!
Seu cálice agora transborda de tua própria existência.
Beba, beba todo o seu excreto
Desta tua água, agora, eu que não beberei mais.
Tudo isso que senti
Nada escrevi
Toda a dor, todo o horror
Não foi transcrito
Nada foi registrado
Ficou tudo acumulado
Apenas agora, só agora
Mando toda dor embora
E fico totalmente encoberta
Pelo prazer na nova aurora
E não me venha falar das suas dores
Muito menos dos seus amores
Quero que todos se calem diante de mim
Que não digam sequer uma palavra
Que não se dirijam a mim de forma alguma
Que nem me olhem e que nem me vejam
Quero entrar em mim mesma
E fazer daqui a minha morada
E que onde quer que eu esteja
Aqui estarei sempre acesa e coroada.
Explicar o que sinto ao pensar em nós
Naquela tarde que ardia
Olhava pra você e não me via
Eu não sorria e você..
Você não entendia
“Há de vir. “
E houve...
Houve também quem chorasse
Sem explicação
Sem prévia notificação
E veio
Veio arrebatando tudo
Tirando tudo do lugar
Tirando-me do altar
E fazendo-me mortal
Transformando em luto
Meu grande ser imoral
Oh, que bela luz ilumina o meu caminhar..
Onde ontem era apenas escuro
Hoje juro não mais chorar
Fez-se de repente em mim
Uma estrela nova à brilhar
Minhas falsas esquivanças
Tais subterfúgios
Não habitam mais em meu penar
Nem sequer se fazem presente aqui
Fugiram de mim, rumo a outro lugar.
À aquela pungente dor que me acometera
A aquele terrível sofrimento que encobriu a minha alma
Devo todo o esplendor sentido diante do novo agora
Onde as pétalas de rosas voam encobrindo o meu corpo
Tirando e levando toda mácula embora
Toda? Gostaria mesmo de acreditar
E não mais me perguntar
Sobre o que sinto, sobre o que lembro
Sobre todo o esforço que faço para não pensar
E todo aquele imenso vazio
Em que eu me aprofundava a cada lembrança
A cada pensamento
Me fazia morrer de frio e me tirava a esperança
Esse vazio não me preenche mais
Não se banha mais de mim
Não naufraga mais em minhas doces e correntes águas
Vazio inescrupuloso!
Seu cálice agora transborda de tua própria existência.
Beba, beba todo o seu excreto
Desta tua água, agora, eu que não beberei mais.
Tudo isso que senti
Nada escrevi
Toda a dor, todo o horror
Não foi transcrito
Nada foi registrado
Ficou tudo acumulado
Apenas agora, só agora
Mando toda dor embora
E fico totalmente encoberta
Pelo prazer na nova aurora
E não me venha falar das suas dores
Muito menos dos seus amores
Quero que todos se calem diante de mim
Que não digam sequer uma palavra
Que não se dirijam a mim de forma alguma
Que nem me olhem e que nem me vejam
Quero entrar em mim mesma
E fazer daqui a minha morada
E que onde quer que eu esteja
Aqui estarei sempre acesa e coroada.
13/01/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário